Quando ouvi na Kiss FM pela primeira vez sobre uma possível união entre membros do Led Zeppelin e Foo Fighters reagi exatamente como o locutor Titio Marco Antonio que transmitia a notícia: "Epa! Não gostei não". Led Zeppelin ocupa uma das minhas posições mais caras de bandas e tenho grande apreciação por Foo Fighters, mas imaginar as duas bandas misturadas não fazia o menor sentido. São dois universos diferentes e sou um ouvinte preciosista. Mas e não é que o projeto entitulado Them Crooked Vultures, que contava ainda com um membro do Queens of the Stone Age, resultou numa banda excelente? Confira essa que abre do álbum lançado em 2009, auto-entitulado. Segue a letra:

No One Loves Me & Neither Do I
(Jones, Grohl, Homme)
Take a song from the first time you made me introduce them
She was looking, her mind just oblique
She called me baby, and was a mean lady with the song on the radio
So I told her I was rich, then she asked could I use a dirty bitch (of course)
Then she said, No one loves me... neither do I
You get what you give,
And give goodbye
and if I should vanish
Don't get caught off guard
Don't hold it against me
Unless it gets her
Well if sex is a weapon, then smash, boom, pow,
How do you like me now?
You can't always do it right, you can always do what's left
So I told her I was trash, she wait til after and said I already know...
I've got a beautiful place to put your face and she was right,
And I said, no one loves me... neither do I
It makes perfect sense,
So I heard her ask why?
I've got tomorrow
Cuz life doesn't wait
You can keep your soul
I don't wanna soul mate
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cut me a noose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose
I know how to burn with passion
Hope nothing backfolds future ration
Give all you are, to not make haste
Save our revery, single taste
You get... cut
I know how to be controlled
Do what they said so, what your told
Quick to react, to break the box
Turn on queue, as your cell door locks
Behind you
I know how to be lost in lust
Not because you should, but because you must
It burns white hot, and so climbs the mile
This lightening strike isn't always cut
So use me up
Use me up
Vamos à andança...
Pensar numa super-banda geralmente trás a certeza de que haverá sucesso e aceitação do público. Afinal, se os integrantes já faziam sucesso em suas bandas próprias, como pode a soma de talentos resultar inferior que os fatores? Pode quando há conflito criativo e de identidade. E esse era meu maior receio: de que Crooked Vultures virasse uma grande meleca suplantada pelo excesso de direcionamentos. Afinal, querendo ou não, Led Zeppelin é uma banda sagrada no mundo do rock. Está num patamar pouco atingido por qualquer banda. Seus integrantes foram geniais do início ao fim, marcado com a morte de um deles. Nada mais respeitoso do que parar a banda ali. Eis que Sir John Paul Jones, o lendário baixista, 30 anos depois disso e com nada menos que 64 anos de idade, decide se unir a mais 2 músicos, de bandas de uma geração depois. 2 músicos que cresceram ouvindo e se influênciando por ele próprio, mas que criaram bandas e universos completamente distintos devido à seu próprio talento. O primeiro deles, Dave Grohl, baterista do Nirvana e que posteriormente criou e modelou a excelente banda Foo Fighters é outro monstro musical. Fã do Led Zeppelin e com uma criatividade borbulhante Grohl deu ao Foo Fighters o posto de uma das melhores bandas dos anos 90. Um rock and roll novo, revigorante e com identidade própria, totalmente diferente da banda que o consagrou, o Nirvana. Paralelamente, John Homme, excelente guitarrista e compositor, liderava sua Queens of the Stone Age num rock mais alternativo, denso e com um quê experimental. Olhando assim e é fácil imaginar o projeto iria resultar num disco excepcional, mas parando pra pensar como seria equilibrar tanta virtuosidade, tanta criatividade e tantos direcionamentos originais, a coisa pode complicar. E por isso não gostei da idéia de início. Felizmente alguns gênios não são tão egocêntricos e vêem na música um canal com milhares de possibilidades diferentes e igualmente boas. Se fossem outros músicos a coisa não seria igual e estão aí outras super-bandas não tão boas quanto essa para comprovar. Essa canção que abre o disco tem um pouco de tudo o que é necessário observar em Crooked Vultures: um riff excelente, um solo denso, o vocal de Homme sempre competente, o baixo incrível de Jones comendo solto e a bateria enfurecida de Grohl. Tudo com um ritmo legítimo de rock and roll, de fazer balançar a cabeça e com um toque experimental e outro progressivo que desce, depois sobe acelerado e pesadíssimo criando uma viagem poderosa e exclusiva. Não é mais Led. Não é mais Fighters. E não é Queens. Agora é Crooked Vultures ;)
Nunca ouviu?
Prepare-se para os corvos tortos. Escute:

No One Loves Me & Neither Do I
(Jones, Grohl, Homme)
Take a song from the first time you made me introduce them
She was looking, her mind just oblique
She called me baby, and was a mean lady with the song on the radio
So I told her I was rich, then she asked could I use a dirty bitch (of course)
Then she said, No one loves me... neither do I
You get what you give,
And give goodbye
and if I should vanish
Don't get caught off guard
Don't hold it against me
Unless it gets her
Well if sex is a weapon, then smash, boom, pow,
How do you like me now?
You can't always do it right, you can always do what's left
So I told her I was trash, she wait til after and said I already know...
I've got a beautiful place to put your face and she was right,
And I said, no one loves me... neither do I
It makes perfect sense,
So I heard her ask why?
I've got tomorrow
Cuz life doesn't wait
You can keep your soul
I don't wanna soul mate
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cutting her loose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose control
Cut me a noose, I'm ready to go
People in the world, your gonna lose
I know how to burn with passion
Hope nothing backfolds future ration
Give all you are, to not make haste
Save our revery, single taste
You get... cut
I know how to be controlled
Do what they said so, what your told
Quick to react, to break the box
Turn on queue, as your cell door locks
Behind you
I know how to be lost in lust
Not because you should, but because you must
It burns white hot, and so climbs the mile
This lightening strike isn't always cut
So use me up
Use me up
Vamos à andança...
Pensar numa super-banda geralmente trás a certeza de que haverá sucesso e aceitação do público. Afinal, se os integrantes já faziam sucesso em suas bandas próprias, como pode a soma de talentos resultar inferior que os fatores? Pode quando há conflito criativo e de identidade. E esse era meu maior receio: de que Crooked Vultures virasse uma grande meleca suplantada pelo excesso de direcionamentos. Afinal, querendo ou não, Led Zeppelin é uma banda sagrada no mundo do rock. Está num patamar pouco atingido por qualquer banda. Seus integrantes foram geniais do início ao fim, marcado com a morte de um deles. Nada mais respeitoso do que parar a banda ali. Eis que Sir John Paul Jones, o lendário baixista, 30 anos depois disso e com nada menos que 64 anos de idade, decide se unir a mais 2 músicos, de bandas de uma geração depois. 2 músicos que cresceram ouvindo e se influênciando por ele próprio, mas que criaram bandas e universos completamente distintos devido à seu próprio talento. O primeiro deles, Dave Grohl, baterista do Nirvana e que posteriormente criou e modelou a excelente banda Foo Fighters é outro monstro musical. Fã do Led Zeppelin e com uma criatividade borbulhante Grohl deu ao Foo Fighters o posto de uma das melhores bandas dos anos 90. Um rock and roll novo, revigorante e com identidade própria, totalmente diferente da banda que o consagrou, o Nirvana. Paralelamente, John Homme, excelente guitarrista e compositor, liderava sua Queens of the Stone Age num rock mais alternativo, denso e com um quê experimental. Olhando assim e é fácil imaginar o projeto iria resultar num disco excepcional, mas parando pra pensar como seria equilibrar tanta virtuosidade, tanta criatividade e tantos direcionamentos originais, a coisa pode complicar. E por isso não gostei da idéia de início. Felizmente alguns gênios não são tão egocêntricos e vêem na música um canal com milhares de possibilidades diferentes e igualmente boas. Se fossem outros músicos a coisa não seria igual e estão aí outras super-bandas não tão boas quanto essa para comprovar. Essa canção que abre o disco tem um pouco de tudo o que é necessário observar em Crooked Vultures: um riff excelente, um solo denso, o vocal de Homme sempre competente, o baixo incrível de Jones comendo solto e a bateria enfurecida de Grohl. Tudo com um ritmo legítimo de rock and roll, de fazer balançar a cabeça e com um toque experimental e outro progressivo que desce, depois sobe acelerado e pesadíssimo criando uma viagem poderosa e exclusiva. Não é mais Led. Não é mais Fighters. E não é Queens. Agora é Crooked Vultures ;)
Nunca ouviu?
Prepare-se para os corvos tortos. Escute:
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