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Um novo prazer: Ler e Ouvir O Senhor dos Anéis

Há alguns meses assisti, talvez pela décima vez, a trilogia O Senhor dos Anéis.

Sou grande fã da obra de J. R. R. Tolkien e tenho um carinho especial por esses filmes. Não apenas gosto da história ou dos personagens, mas me sinto realmente como um integrante da Terra Média quando o primeiro (e melhor, na minha opinião) filme começa.



Logo nos primeiros minutos, quando o velho Gandalf chega no Condado e encontra Frodo eu já quase consigo tocar as plantações de abóboras e sentir os pés na grama daquele lugar especial tão aconchegante.

Eu poderia citar dezenas de motivos pelos quais amo essa história. Poderia mencionar meu gosto pelo medievalismo e por jogos de RPG, poderia lembrar que li os livros pela primeira vez com uns 15 anos e pela segunda vez com 17. Poderia discorrer sobre minha visita à Nova Zelândia, onde eu procurei vários dos cenários usados no filme. Poderia passar horas engrandecendo essa obra e dizendo o quanto sou grato à ela por ela ter permitido deixar minha imaginação voar e aflorar. Mas para não deixar o texto longo e enfadonho, vou apenas relembrar que, das poucas vezes em que chorei depois de adulto, uma delas foi vendo As Duas Torres.

"Você não chorou no nosso casamento, mas chorou quando o Rei Theoden lamentou a morte do filho", minha esposa gosta de provocar. Eu dou aquele sorriso amarelo e fico sem resposta. É verdade, afinal.

O Rei Theoden chorou e eu chorei com ele. 3 lágrimas. Consegui contar.

Nessa última visita à Terra dos Hobbits, Elfos, Anões e Humanos decidi que queria ler os livros mais uma vez. Já fazia mais de 10 anos, afinal. Por que não mergulhar novamente na aventura literária que deu origem aos filmes que eu tanto aprecio?



Tirei então meu exemplar de 2002 da prateleira. Aquele com a capa ilustrada do Gandalf, quando o filme ainda nem tinha saído do papel. As páginas levemente amareladas só davam ainda mais charme para o livro.

Comecei a ler.

Agora, porém, o mundo era outro. Distante e diferente daquele 2004, quando eu havia deixado aquelas páginas de Tolkien pela última vez.

Agora o mundo tinha internet de alta velocidade e de forma constante. Praticamente como água encanada.

Agora o mundo tinha músicas à vontade em qualquer lugar, sem a necessidade de comprar discos ou aparelhos para reproduzi-los.

E assim descobri uma nova experiência: ler O Senhor dos Anéis e ouvir O Senhor dos Anéis. Como? Com essa ambientação criada pelo canal Ambient Worlds. O produtor dos vídeos, provavelmente tão medievalista quanto eu, pega as canções de filmes e games de fantasia e cria uma versão mais longa que ele mescla com delicadeza à sons ambientes de natureza, chuva, vento e por aí vai. A imersão fica ainda maior.


Gosto tanto dos vídeos desse canal que já se tornou um costume aqui em casa deixarmos uma das canções rolando enquanto tomamos café ou conversamos. É relaxante e inspirador.

Confesso que ler os livros de Tolkien com a trilha sonora estendida do Condado ao fundo tornou-se um novo prazer da vida. Daqueles mais simples e, portanto, mais especiais. Sempre que posso agora eu pego meu livro, sento na poltrona e deixo a trilha sonora magistral de Howard Shore complementar minha aventura ao lado de Gandalf, Aragorn, Frodo e meus outros heróis.

Não dá para ouvir e não se sentir acolhido pela alegria contagiante e pela ingenuidade bonita do povo do Condado. Experimente!


Relembrando Chris



Momento 1

Eu tinha uns 15 anos. Estava na escola. Provavelmente intervalo entre aulas. Eu gostava de Rock, mas era limitado, teimoso e mente fechada. Uma amiga estava cantarolando algum som que eu provavelmente viria a gostar no futuro, mas que fiz questão de dizer como era ruim.

Ela fez uma careta, retrucou qualquer coisa e eu sentei na frente dela. Olhei seu fichário e havia ali em uma das divisórias, escrito com Liquid Paper, a letra de uma canção. Percebendo minha curiosidade ela me emprestou os fones e colocou a música.

- Legal - eu disse com desprezo, levantei e fui embora.

Foi assim que eu conheci Like a Stone.





Momento 2

Eu tinha uns 17 anos. Já era uma prática comum gravar CDs com as músicas que você quisesse, como a gente fazia com as fitas K7 no passado. Apesar disso, ainda era novidade gravar um CD no formato MP3. Era preciso um disc man especial para tocar esse tipo de mídia, mas a vantagem era que, num único disco, você podia colocar umas 100 músicas ou mais.

Eu já gostava de mais bandas além de Beatles e U2, mas ainda conhecia pouco do mundo. Talvez querendo me ajudar a descobrir sonoridades boas, meu primo me gravou um desses discos em MP3. Foi assim que ouvi com calma e mente aberta uma das músicas mais poderosas da vida. Nunca me esqueci. Era uma pedrada. Algo bom e diferente. Algo que eu precisava. Era difícil acreditar que alguém no mundo conseguisse cantar como aquele vocalista.

Foi assim que eu conheci Show Me How to Live




Momento 3

Eu tinha uns 19 anos e arrumei um estágio em um estúdio de design. Lá o rádio vivia ligado na Kiss FM e, dessa forma, conheci várias bandas boas. De vez em quando alguém trazia um CD. Foi assim que ouvi, pela primeira vez, um trabalho solo do Chris Cornell. Eu já era viciado em canções como Show Me How to Live, Like a Stone e Be Yourself, mas eram todas músicas do Audioslave. Nem imaginava que o cara poderia ter discos solo.

Era um disco ao vivo e acústico e, por mais que a palavra "acústico" não tivesse nada a ver com Cornell num primeiro momento, me surpreendi muito ao ver como ele encaixava sua voz absurda em canções acompanhadas só pelo violão. Eu não estava lá, mas podia visualizar Chris cantando de olhos fechados, em outra dimensão, amando o que fazia.

Era certamente um cara que cantava com paixão.

Foi assim que conheci Black Hole Sun.




Momento 4

Eu tinha uns 20 anos. Tinha arrumado um emprego bem legal com vários caras que curtiam Rock compartilhando a mesma sala.

Um deles conhecia mais bandas que a Wikipedia e era fanático pelo que rolou nos anos 90. Ele comentou sobre uma reunião de alguns músicos famosos na época para homenagear um amigo falecido. O grupo chama-se Temple of the Dog e tinha nos vocais nada menos que Eddie Vedder do Pearl Jam e Chris Cornell, do Audioslave e Soundgarden.

Foi assim que conheci Hunger Strike.




Momento 4

Eu tinha uns 21 anos. Trabalhava e estudava que nem um camelo, ganhava pouco, mas ainda conseguia um tempinho para jogar o Playstation 2 do meu irmão. Joguei poucos jogos de vídeo-game na vida e a maioria deles foi por causa da trilha sonora. Era o caso aqui. O jogo era GTA: San Andreas. Sim, era aquele jogo politicamente incorreto em que você roubava carros e podia matar quem quisesse. 

Eu não estava nem aí para a possibilidade de roubar ou matar livremente. O que eu gostava mesmo era de pegar algum carro e ficar viajando pelas estradas do cenário enorme do jogo. De tão bem feito que era haviam até rádios a escolher. A que eu sempre sintonizava era a Radio X, onde rolava um Rock dos anos 90. Era só coisa fina. Coisa do tipo de Guns N'Roses, Danzig, Helmet, Living Color e Soundgarden.

Isso aí. Lá estava ele de novo. Chris Cornell na rádio fictícia do meu carro virtual dentro de um jogo. Parando para pensar é preciso um mínimo de qualidade para conseguir essa proeza.

Foi assim que eu conheci Rusty Cage.



Momento 5

Eu tinha uns 25 anos. Gastava boa parte do meu salário em CDs de lojas que já começavam a fechar as portas.

Foi assim que eu conheci Revelations. Escutei esse disco pelo menos umas 5 mil vezes.


Momento 6

Eu tinha 29 anos. Chris Cornell tinha morrido há alguns dias. Encontrei com meus bons amigos num barzinho. Fazia tempo que não nos víamos e tomamos umas cervejas bem geladas.

Na volta um amigo me deu uma carona até em casa. Roqueiro como era, o cara havia preparado uma lista de músicas em homenagem a Chris Cornell. Perguntei se ele havia ficado chateado com a morte do músico.

- Chorei - ele disse.

Uma música bem pesada tocava no fundo. Mesmo assim, naquela hora, eu é que quase chorei.

Foi assim que conheci Outshined.



Foram muito mais que 6 momentos, mas esses são os que me lembro melhor. Momentos em que, não alguém qualquer ou um artigo na internet me disse. Foram momentos em que o mundo me disse.

Me disse que Chris Cornell era o cara.

Esteja em paz, Chris ;)

50 anos de Sgt. Peppers no mundo e 15 na minha vida

No final de maio o disco dos Beatles, Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, completou 50 anos de vida.

Lançado em 26 de maio de 1967, o álbum é considerado um dos mais importantes da história da música e um dos melhores discos de Rock já produzidos.

Mas será que é pra tanto? Sgt. Peppers é assim tão bom? Sou fã de Beatles há tempo suficiente para realizar uma análise fria da obra e abaixo você vai entender o motivo de tantos títulos honoríficos.

Vamos à andança...


Eram os Beatles

Tratavam-se dos Beatles. Tudo que esses caras faziam era permeado por um hype tremendo. Não era por menos. Eles estavam no auge de suas carreiras. Eles já tinham dominado a América e a Ásia. Já tinham feito 2 filmes e a beatlemania havia se espalhado para literalmente todo canto do mundo. Para piorar (ou melhorar) no ano anterior eles haviam lançado nada menos que Rubber Soul (melhor disco deles na minha opinião) seguido por Revolver. Não era de se estranhar que o público esperasse mais uma obra-prima. Eu é que não queria estar na pele deles naquele tempo. A pressão devia ser imensa. Ou eles surpreendiam o público com mais um disco formidável ou seria criticados até a alma.

Leia também: Rubber Soul, um disco para a vida adulta

O Conceito


A grande genialidade do disco - muito mais do que suas músicas - foi seu conceito. Por mais que Cleiton Heylin em seu bom livro "Sgt. Peppers - Um ano na vida dos Beatles e amigos" tente desqualificar este aspecto da obra, usando inclusive palavras da própria banda, é inegável que Sgt. Peppers inaugurou um estilo de álbum pensado como um todo. Até então discos eram basicamente as canções da banda em uma ordem pré-definida. Em Sgt. Peppers, tudo segue um conceito, ou caso você não concorde com o termo, pelo menos uma direção artística encabeçada por Paul McCartney. A capa do disco, seu encarte, o marketing promocional e viral, as roupas que a banda usava e algumas canções do disco... Enfim, tudo girava em torno dessa mística figura do Sargento Pimenta e sua banda de Corações Solitários. Afinal, quem eram esses caras? De onde eles vinham? Tudo era uma viagem sensorial maravilhosa sem o menor sentido. Isso foi o mais legal do conceito: nada precisava de explicação.

A Capa


Sem dúvida a capa do álbum é um de seus pontos mais fortes. Ideia, mais uma vez, de McCartney, a capa reúne dezenas de figuras famosas que, de certa forma, chamavam a atenção da banda. Numa colagem meio dadaísta a multidão de papel se reúne atrás dos Beatles (devidamente trajados como uma banda itinerante). Completam o quadro muitas flores, cores e até mesmo uma boneca de criança com a camisa estampando um recado para a banda concorrente / amiga: "Bem-vindos de volta Rolling Stones". O resultado é uma explosão visual maravilhosamente confusa, mas que consegue trazer um quê de ordem à composição. O resultado foi tão poderoso que inspirou dezenas de capas de outros artistas, incluindo uma do nosso Zé Ramalho no disco Nação Nordestina.

As Inovações


Nem só de músicas boas foi feito o disco. Sgt. Peppers ainda trouxe uma série de amenidades que só contribuíram para o marketing em cima do disco. A novidade mais importante foi a inserção das letras no encarte. Foi o primeiro álbum a fazer essa prática que é usada até hoje pela maioria das bandas. Além disso o encarte trazia uma parte recortável com um bigode e listras de uniforme militar em tamanho real para que o ouvinte pudesse usar e se sentir ainda mais parte daquela festa bizarra.

Músicas


Talvez o ponto menos importante nessa análise. Não que Sgt. Peppers seja um disco ruim. Muito pelo contrário. É um álbum excepcional. Mas se você ouvir todos os discos dos Beatles e ranqueá-los do melhor para o pior é muito provável que Sgt. Peppers acabe exatamente no meio. De forma alguma isso quer dizer que o álbum é mediano. Estamos falando de Beatles, lembra? Tudo em que eles colocaram a mão acabou de uma forma ou de outra minimamente boa. Mas quando você compete com Rubber Soul, Revolver, Abbey Road e até mesmo o inaugural Please Please Me, é muito fácil acabar para trás.



Sgt. Peppers é um disco muito bom, mas que carrega algumas canções bem mais ou menos. A canção-título que abre o disco é fenomenal e sua reprise no final ainda melhor. With a Little Help From My Friends e A Day in the Life são duas obras-primas por si só. Lucy In The Sky é hipnoticamente boa. Getting Better é um gostoso hino ao otimismo. Lovely Rita é um Rockão viajante dos bons.

She's Leaving Home, Being for the Benefit From Mr. Kite!, When I'm Sixty-Four e Good Morning, Good Morning são canções médias numa escala Beatle (ou seja, ainda infinitamente melhores que a maioria das músicas do mercado). São boas, você raramente pula quando ouve o disco, mas não são aquelas que você quer repetir ou que quer ouvir isoladamente num dia ensolarado com seus fones de ouvido numa caminhada pela vida.



Na Minha Vida

Tenho um lugar especial para o Sgt. Peppers no meu coração. Ganhei o CD de aniversário em 2003, quando eu completei 16 anos. Uma idade emblemática. Tímido e nerd eu era o garoto com poucos (porém fiéis) amigos que preferia o silêncio à festa. Acho que eu estava começando a ficar adulto e não gostava tanto daquilo. Frequentava o colegial, meus últimos anos de escola. O final da minha infância inocente. Eu começava a sair pelo mundo. Gostava de andar pela cidade com meu discman e meu Sgt. Peppers me acompanhou muito nessas caminhadas solitárias, porém felizes. Era na estrada onde eu me sentia realizado. Livre das preocupações e pressões. Livre das desilusões amorosas e dos simulados para o vestibular. Com Getting Better e A Little Help tocando eu sabia que nada tinha a temer. Eu andava, sorria e o quarteto me dizia: fica tranquilo, vai dar tudo certo com uma pequena ajuda dos seus amigos. E tudo realmente deu certo. Mesmo sem saber isso na época, eu respondia: tenho que admitir, está melhorando toda hora.



Respondendo a questão que abre esse texto: Sgt Peppers, o conceito completo, e não só o disco, é realmente um trabalho sensacional. Merece todos os créditos ainda que, movidos pelo hype marqueteiro, alguns soem bastante exagerados.

E que venham mais 50 anos como um ícone da cultura.

Animes e suas músicas inesquecíveis

Há algumas vidas atrás eu fui um fã incondicional de desenhos japoneses, também conhecidos como Animes.

Eu conhecia todos os desenhos que passavam na TV, sabia os nomes dos personagens, suas histórias e super-poderes. Eu os desenhava, pois naquela vida lá atrás eu sabia desenhar bem à mão. Eu tinha também um caderno onde anotava tudo sobre tais desenhos. Cada Anime novo trazia uma série de anotações sobre o criador daquela pequena obra de arte, o horário que passava e trechos importantes da história.


Skank: carisma, maturidade e glória

Banda se apresentou em São Paulo em 26/11/2016. Show foi em comemoração aos 20 anos do disco Samba Poconé

Não é novidade para ninguém que o Skank é uma das grandes bandas brasileiras.

Talvez a maior delas.

Skank em São Paulo, na Audio Club. Foto: Felipe Andarilho / Divulgação

Beatles 1, o melhor presente de Natal que eu não ganhei

Coletânea do grupo é relançada com DVD com vídeos inéditos.

No ano 2000 os Beatles lançaram um disco que viria a se tornar um dos álbuns mais vendidos da história. Trata-se de uma coletânea batizada singelamente de "1" com as 27 canções do quarteto mágico que chegaram ao topo das paradas americanas e britânicas.

CD e DVD "1" lançado em novembro passado. Foto: Divulgação

Rubber Soul, um disco para a vida adulta

Álbum dos Beatles de 1965 completa 50 anos

Tento evitar posts com datas comemorativas de bandas e discos. Nada contra celebrar 10, 30 ou 50 anos de algo relacionado à música, mas essa prática explorada por diversos veículos acaba, sem querer, mostrando erroneamente como o a boa música é algo antigo e que já não se faz mais Rock como antigamente.


5 Excelentes (e grudentas) músicas Pop dos últimos 2 anos

Ondas, superação, saudade e alegria

A parte boa de virar a página com relação à um episódio passado é que você pode pensar nele com frieza suficiente para não se questionar demais e com carinho suficiente para relembrar os fatos com um sorriso no rosto de quem cresceu, aprendeu e hoje dá graças à Deus por ter tido a oportunidade de viver aquilo tudo.


É por isso que hoje eu consigo escrever sobre Waves, a música que talvez mais tocou nas rádios enquanto estive do outro lado do mundo, na Austrália e que certamente foi uma das que mais tocou no meu player aqui no ano que seguiu meu retorno. Posso falar sobre Summer, posso até cantar Wake me Up e I Will Never Let You Down sem correr o risco de entrar em depressão.

[ESPECIAL] Mamonas Assassinas, vinte anos depois

Eu era garoto quando os Mamonas Assassinas estouraram. Era jovem, mas não o bastante para não me lembrar do fenômeno em que eles se tornaram. Se a sina dos nascidos nos anos 80 e 90 foi jamais ter presenciado um Gigante do Rock enquanto ele caminhava pela Terra, os Mamonas Assassinas nos deram uma pequena demonstração do que seria ter vivido na época em que Beatles ou Jimi Hendrix lançavam suas primeiras canções e ganhavam o mundo.


Quando era possível ir num show de Rock...


Às vezes sinto uma certa inveja das gerações anteriores. É claro que é bom ter tecnologia e informação, mas nada disso compete com a proximidade que aqueles nascidos nos anos 60 e 70 puderam sentir com relação à suas bandas favoritas. Além de terem visto bandas lendárias lançando discos em seu auge, essas pessoas puderam também ir ao seus shows favoritos sem precisarem vender seus bens.

Indo de Volta pra Nova Orleans

Uma busca por um pub, cerveja e uma canção

Tenho uma história interessante sobre essa canção. Uma história que envolve milhares de milhas de distância, viagens, cerveja e um e-mail. Uma boa história sem uma canção é como cerveja sem gelo. Por mais que sobrem adjetivos negativos para qualificá-la, a verdadeé que ela se torna: sem graça. É por isso que coloco a própria música aqui, a verdadeira autora dessa história, uma canção de Deacon John, lançada em 2003 no disco "Deacon John's Jump Blues. Segue a letra:


Em casa de novo

Belas percepções que só aparecem quando voltamos pra casa

Como os ciganos, andarilhos e vagabundos ensinaram, eu saí pela estrada para ver o mundo. A maior das minhas viagens começou há quase um ano atrás, quando decidi ir morar na Austrália. Depois de tanto tempo, tantas aventuras, chegou a hora de visitar minha terra natal novamente. Se a emoção de viajar e enfrentar o desconhecido é grande, voltar para sua casa tão amada é algo totalmente diferente, mas igualmente incrível. Para descrever essa parte da viagem, nada melhor do Blackmore's Night e uma canção do disco "Fires at Midnight", lançado em 2001. Segue a letra:


Brasa!

Eu tô morrendo de orgulho!

Desde que cheguei na Austrália há mais ou menos 4 meses atrás raras foram as vezes em que quis voltar para casa. Não é que eu não goste do Brasil. Mas a forma como nosso país é governado me incomoda de tal maneira que não faço questão de morar ali mais. Eu tinha perdido as esperanças e lavei minhas mãos. Entretanto na última semana acompanhei de perto todas as manifestações que meus irmãos de pátria realizaram e pela primeira vez senti que gostaria de estar lá e não aqui por um momento. Para viajar na dualidade entre amor e tristeza relacionados à minha casa, escolhi um som do Gabriel, o Pensador que tem muito para dizer. Faz parte do disco "Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo" lançado em 2001. Segue a letra:


Muçulmano

Fé, amor, saudade e uma música incrível

Conheci essa canção do Skank quando comprei o disco "Maquinarama" lançado em 2000. Desde então é por ela que eu espero quando coloco o disco pra tocar, sendo um dos pontos mais altos do mesmo, ao lado, é claro, de Ali e Ela Desapareceu. Como sempre, um dos méritos fica por conta da poesia. Segue a letra:

Pensando em você garota

Não importa onde, nem quando, nem como. Fernando Noronha faz chorar

No primeiro BeatCast - especial sobre os Beatles - meu amigo Thomas falou algo interessante que acontece com muitos ouvintes. O quesito "não-linearidade". Ou seja, aquilo que acontece quando conhecemos uma banda por meio de determinado disco, mas quando pesquisamos a fundo ouvimos outro disco do final da carreira, depois algo do começo e, mesmo sem uma ordem cronológica definida, achamos todos igualmente muito bons. É o que aconteceu também com Fernando Noronha & Black Soul. Conheci a banda pelos seus últimos discos, porém recentemente encontrei o "Swamp Blues", o primeiro disco deles, datado de 1997. Impressionante ver como é tão absurdamente bom, como todos os outros. Confira se estou mentindo. Segue a letra:


Fé verdadeira

A pureza de uma música é como a infância

Muitos amigos gostam de me sacanear por quê sou um dos poucos (talvez o único) que ainda usam um e-mail do BOL. Pois bem. Ontem, sem querer, cai nessa matéria do portal sobre o dia das crianças, em que algumas delas contavam por quê gostavam de ser criança. Nas imagens, só alegria, dos pequenos correndo, brincando, sem maiores preocupações na vida, além de tirar boas notas e vencer no pique-esconde. Hoje, trago uma homenagem à essa fase da vida - tão boa e pura, cujo valor só percebemos depois que perdemos e viramos prisioneiros do mundo adulto. É uma música dos H-Blockx, que recentemente me fez viajar e, coincidentemente, tem a ver com o tema. Segue a letra:


Tão jovem

Fórmula de rejuvenescimento aqui, de graça, por apenas 3 minutos

Fazendo jus à alcunha de Andarilho, já trabalhei em diversos empregos diferentes. Um deles, há uns 4 anos atrás, coincidentemente (e convenientemente) ficava próximo à faculdade onde eu estudava. A rotina era quase sempre a mesma. Batia 17h, eu saia e seguia um trecho a pé até o campus. Era um trecho curto, em torno de 20 minutos só de descida. Também era um caminho agradável, e quase sempre quem me acompanhava nos ouvidos era a recém-descoberta Suede. Faziam os 20 minutos parecem 2. Algumas vezes eu ia pelo caminho mais longo, só para ouvi-los por mais tempo. Uma das mais viajantes canções deles é justamente a que abre seu primeiro disco, "Suede" de 1993. Segue a letra:


Perdido de amor, siderado

Se duvidar essa é a melhor música para ouvir hoje

Ontem acordei com uma música na cabeça. A música é do Skank, do disco "Siderado" (1998). De tanto ouvir esse álbum, creio que algumas músicas ficaram presas no meu sub-consciente. Não tem problema, são músicas muito boas, então para comemorar, aqui vai a faica título do disco. Segue a letra:


Você me hipnotizou

Amor, música e lembranças

Mais um dia dos namorados chegou e trago à vocês um belo casal do Rock and Roll ainda inédito aqui no blog. Apesar de já ter comentado sobre o Blackmore's Night em outros posts (como na homenagem ao Mestre Ritchie Blackmore), ainda não havia uma merecida viagem deles aqui. Então começo com essa do disco "Fires at Midnight" de 2001. Segue a letra:


Espere até eu voltar para o seu lado

Uma singela canção sobre saudade e uma lição sobre rítmo e métrica

Essa é uma das minhas canções preferidas dos Beatles. Não só porque ela faz parte do meu disco preferido deles, o "Rubber Soul" (1965), mas pelo seu ritmo e sobretudo pela sua letra. Trata de alguém que está longe de casa e de uma pessoa especial. Para matar a saudade temporariamente enquanto ele volta, ele canta Wait. Mas a canção só tem sentido se a pessoa que espera também sente o mesmo. Entenda mais ouvindo e viajando. Segue a letra: