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Tinariwen Mostra que Não Sabemos Nada do Mundo

Há alguns meses li no excelente blog do Barcinski sobre os melhores álbuns que ele ouviu em 2017.

Dentre a lista figurava um nome um tanto quanto diferente: Tinariwen.


O jornalista descrevia o som do grupo como um blues desértico, "uma música hipnótica e lúdica".

O que mais me chamava atenção, devo confessar, era a vestimenta dos integrantes. Todos enrolados em panos e turbantes, tocando guitarras no meio do deserto. Mas que diacho seria aquilo?

Trata-se de uma banda do Mali. Se você como eu não sabe de cabeça onde fica esse lugar, já adianto: continente africano, hemisfério norte. Bem no meio do calor e muito próximo do Deserto do Saara. Daí a aparência nômade do grupo. Coisa que eu só tinha visto em filmes de aventuras, tipo Indiana Jones.

Como sempre atraído pelo que é diferente, decidi ouvir as canções sugeridas no post. Não demorei à me inspirar pela absurda qualidade musical. Parti então para os discos inteiro e para os vídeos.



Que música esses caras fazem! E que viagem é assistir os vídeos da banda.

Prepare-se para ser transportado para outro mundo. Prepare-se para entrar num portal e sair do outro lado onde tudo é diferente e onde toda beleza se resume à uma simplicidade de viver a vida.

Um mundo onde cavalos são substituídos por camelos. Ruas movimentadas dão lugar ao perigoso e místico deserto.

Canecas de cerveja são substituídas pelo café e o tão confortável inglês é trocado pelo bambara.

Ouça e deixe-se levar. Siga as miragens da sua mente e adentre um deserto de sons, viagens e sentimentos. Não tenha medo. A viagem valerá a pena. Disso você pode ter certeza.



Quando achar que está perdido demais, é que a coisa fica melhor. É aí que as guitarras surgem pesadas, fazendo um equilíbrio impecável com a tranquilidade do batuque e da voz.

É o tipo de som para se ouvir, se possível sentado numa poltrona bem confortável, com a cabeça encostada, no gatilho para sonhar. Uma postura que te permita flutuar. Pirar.

Tinariwen. Uma banda do Mali que só veio aqui para te mostrar o quanto o mundo é grande e bonito e questionar por que ainda cismamos em ignorar a maior parte do que ele tem para oferecer.

Não sabemos nada do mundo. Mas com Tinariwen agora sabemos um pouco mais. Que eles nos inspirem a adentrar o deserto do desconhecido e provar os néctares misteriosos que ali encontrarmos ;)

De repente 30 e fã de Offspring

Como 30 CDs excelentes vieram parar no meu colo e me descobri, aos 30, fanático por Offspring


The Offspring. Banda do coração de muitos que curtiram os anos 90. Foto: Divulgação

Algumas pessoas tocam um instrumento tão bem que todos passam a se lembrar dela como referência naquela arte.

O mesmo acontece com quem entende muito de cozinha. Seus amigos e familiares normalmente lembram da pessoa sempre que vêem um filme sobre cheffs começando do zero ou uma receita interessante no Youtube.

Nenhum dos dois é o meu caso. Não cozinho tão bem nem faço mais que arranhar o violão.

Mas eu falo bastante de música. E já algum tempo registro algumas reflexões aqui no blog.

Talvez por isso algumas pessoas lembrem de mim quando veem algo interessante sobre música - mais em especial sobre o Rock. Isso é ótimo. Sem essa gentileza eu certamente perderia um bom punhado de novidades e vídeos divertidos.

Recentemente fui lembrado em mais uma dessas atividades. Uma colega estava se mudando para a Irlanda em poucos dias. Logo um amigo em comum me passou um recado no Zap com aqueles toques de urgência:

- Dá uma olhada no Facebook rápido!


Cair na estrada requer uma boa dose de desapego. Foto: Google.
Olhei e me deparei com uma atitude que equilibrava uma imensidão de tristeza e de coragem.

Ela e o marido estavam se desfazendo de seus CDs.

A vida de quem vai morar fora é assim. Eu sei porque eu fui e até que sinto saudades da época em que todos os meus pertences cabiam um duas malas de 23 kg cada, sem contar o excesso de bagagem.

Eu fui para a Austrália sem saber se ia voltar. Mesmo assim não me desfiz de meus preciosos CDs. Não, pois eu ainda morava com meus pais. E acho que eu não tinha tanta coragem quanto essa amiga.

Ela ia e postou que estava doando os CDs. Pilhas e mais pilha de CDs para quem quisesse pegar. Com a gentileza de nosso amigo em comum fui logo comentando que eu queria dar uma garimpada naquela coleção, talvez tão boa quanto a minha.

Pelas fotos vi nomes que me chamaram a atenção de cara. Alice in Chains, Garbage, Foo Fighters, Nirvana, Pearl Jam, Green Day. Enfim, um paraíso para quem nasceu antes dos anos 90 e viu as últimas décadas de glória do Rock.

Uma das joias que eu não tinha na coleção. Foto: Divulgação.

E vários deles eu não tinha.

Perguntei quando ela ia. Em três dias. Perguntei onde ela morava. Do lado da minha casa. Obrigado, destino.

Fui lá no dia seguinte.

Malas semi empacotadas eram os últimos resquícios de uma casa que já não tinha móveis. Tudo tinha sido vendido ou doado, segundo ela. Tristeza e coragem. E admiração, é claro. A vida na estrada pede uma série de sacrifícios e sorri ao perceber que minha amiga já estava aprendendo aquela lição antes mesmo de cair no mundo.

Vasculhei então a coleção.

Timidamente, peguei selecionei uns 10 discos. A maioria do Garbage e Alice in Chains. Ela me encorajou a levar mais:

- Achei que você ia levar tudo. Pega mais uns, ajuda a gente.

Com esse aval, decidi então pegar mais uns 20. No bolo acabei levando até alguns do Raul Seixas e todos os discos do Alice in Chains e do Offspring, bandas que eu sempre gostei, mas nada além disso. Por enquanto.

Mais uma pérola que não resisti a levar. Foto: Divulgação.

Agradeci imensamente e me despedi dela e do marido. Desejei-lhes sucesso por onde fossem. Tudo ia dar certo na estrada. Eu sabia, pois já a tinha percorrido algumas vezes. Até hoje, confesso, ainda ouço ela me chamando em determinadas noites e covardemente finjo que não é comigo. Vai haver um dia, eu espero no fundo do coração, em que eu não vou mais conseguir me fazer de surdo. Não vou mais conseguir fingir. Mas até lá vou ouvindo minhas músicas por aqui mesmo.

E quantas músicas novas-velhas para ouvir.

30 novos CDs. A maioria praticamente zerados. Passei os dias seguintes escutando-os um a um. Saboreando cada novo álbum que eu não conhecia ou nunca tinha ouvido inteiro.

Então chegou a leva do Offspring.

Para aquecer coloquei o primeiro, Smash, um disco que eu já tinha em formato digital e que adoro. Excelente como sempre, ainda melhor no CD do que no computador. Gotta Get Away e Self-Esteem nunca soaram tão vivas nos meus ouvidos.



Depois que o disco acabou, coloquei um dos últimos deles, Rise and Fall, Rage and Grace, que eu nunca tinha ouvido sequer uma canção. Me surpreendi com pauladas boas e rápidas e duas ou três canções no estilo mais rock-grudento que eles aprenderam a fazer tão bem. Ótimo.

Em terceiro lugar veio The Offspring, primeiro álbum deles, de 1989. Explosivo e bastante cru resultou numa audição boa, mas nada excepcional. O mesmo aconteceu com Ignition, o segundo álbum deles cheio de energia e boa vontade. Sem dúvida uma repetição de cada disco me faria descobrir novas camadas de percepção, mas ainda haviam outros discos para ouvir então continuei na sequência.

Foi aí que a coisa começou a ferver. Coloquei Ixnay on the Hombre, o disco que sucedeu Smash, até então meu preferido. O resultado não podia ser outro. Explosões e mais cacetadas na orelha com sonzeiras boas, suculentas. Coisas finas e bem feitas. Deliciosas de ouvir. Que disco! Ouvi três vezes seguidas e passei para o próximo.



Veio então o Fatality.

Sem misericórdia.

O belo golpe na minha pobre mente ainda não tão cansada de novas sonoridades veio com Conspiracy of One.

Logo no começo relembrei tempos de adolescente com Original Prankster. Não resisti a repetir a pérola e enviar um trecho ao meu irmão que também era fã da canção. Aliás se eu gostava um pouco de Offspring foi por causa dele de quem herdei (para não dizer surrupiei os discos Americana e Splinter que tenho até hoje). O mínimo que eu podia fazer era embalar e enviar à ele aquela pequena pérola de juventude eterna e rebelde. O cara gostou.

O disco seguiu com Want You Bad, outra pedrada boa que eu gostava e não lembrava, e explodiu minha cabeça de vez com Million Miles Away, uma música que eu tinha enterrado na memória há muito tempo. Estava lá, semi-esquecida, mas foram necessários apenas 3 segundos para que ela se redescobrisse inteira. Eu sabia a letra. Sabia o ritmo e não consegui me conter. Ouvi várias e várias vezes sempre gritando entre os versos do refrão.



Percebi que aquilo era uma das coisas que eu mais gostava no Offspring. Os gritos. Urros de guerra, bem colocados e que duelavam com a guitarra pesada ou com o vocal principal.

Percebi que gostava muito de Offspring. Gostava das pedradas, do ritmo acelerado e do Punk-Rock moderno que permeou minha adolescência junto com Green Day e Rancid. Onde eu estava naqueles dias que não ouvia Offspring, salvo quando meu irmão colocava o bom e velho Americana para tocar?

Me descobri, enfim e há 1 mês de fazer 30 anos que eu era um grande fã de Offspring.

Foram só uns 15 anos de atraso.

Mas antes tarde do que nunca, é o que dizem os sábios.

Se a banda durar mais 15 com certeza terá aqui um novo-velho fã ;)

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Obrigado Talita e Bruno pelos CDs. Vou cuidar bem deles. Vida próspera e música boa em qualquer estrada que vocês pegarem!

Obrigado Newton pelo aviso no Zapzap.

O dia em que Bruce Springsteen me salvou da morte certa


Nunca consegui perder por completo o medo de voar.

Já voei até a Austrália e voltei 2 vezes. Somando essas viagens são mais de 80 horas no ar. Ainda assim, de vez em quando eu sinto um medo sinistro de estar literalmente nas nuvens. A coisa simplesmente não entra na minha cabeça. Alguma coisa fica sempre martelando. Repetindo uma lábia primitiva que diz que nós, seres humanos, não fomos feitos para voar. Que nosso lugar é no chão, em terra firme.

[LANÇAMENTO] Amanecer consolida identidade e poder da Bomba Estéreo

Novo disco do grupo colombiano tem como ingrediente chave a dança e a alegria

"Eu não tenho visto nem passaporte válido
Mas quero que minha música chegue a outro continente
Aos que falam inglês
Aos que não a entendem
Se eu não posso viajar, que a música o faça"

(Bomba Estéreo - Raza, 2008)


Viver minha vida

Alguns dias no lugar mais bonito do mundo com as músicas mais alegres que existem

Peço desculpas ao leitor que, apesar das inúmeras dificuldades, distrações e artigos interessantes, ainda insiste e acredita no meu blog. Tenho tido um pouco de dificuldades de postar com regularidade, devido à um curso que estou fazendo, além dos sempre presentes projetos paralelos. Um deles é o meu segundo livro que, se Deus quiser, chega no ano que vem.

Sem filtro. Sem Photoshop.

Mas como a música não pode parar (ela pode até ficar lenta, mas nunca parar) vou falar dessa canção que já era para ter sido postada há muito tempo.

Por que não ouvir Rock em Espanhol?

16a entrega do Grammy Latino nos lembra de que há muita coisa boa nos países vizinhos

Na última quinta-feira, 19, o mundo ficou conhecendo os indicados e premiados em mais uma edição do Grammy Latino, a maior premiação do mundo da música no lado pobrinho do globo. Como toda grande cerimônia que visa nomear grandes artistas em determinadas categorias, o Grammy demonstra uma importância que resulta menos em solidificar a carreira de artistas "ganhadores" e mais em ajudar a divulgar nomes pouco ou nada conhecidos pelo resto do mundo - e inclua aí o nosso Brasilzão, já que, apesar de estar incluído na premiação, não conhecemos praticamente nada do que toca nos outros países latinos.

Capa do Single Fiesta da banda Bomba Estéreo

5 Excelentes (e grudentas) músicas Pop dos últimos 2 anos

Ondas, superação, saudade e alegria

A parte boa de virar a página com relação à um episódio passado é que você pode pensar nele com frieza suficiente para não se questionar demais e com carinho suficiente para relembrar os fatos com um sorriso no rosto de quem cresceu, aprendeu e hoje dá graças à Deus por ter tido a oportunidade de viver aquilo tudo.


É por isso que hoje eu consigo escrever sobre Waves, a música que talvez mais tocou nas rádios enquanto estive do outro lado do mundo, na Austrália e que certamente foi uma das que mais tocou no meu player aqui no ano que seguiu meu retorno. Posso falar sobre Summer, posso até cantar Wake me Up e I Will Never Let You Down sem correr o risco de entrar em depressão.

La Boquilla

Música Hipnótica num Cenário Underground

Abra seus ouvidos e coração para essa novidade! Quase sempre falo de bandas que todo mundo conhece, bandas históricas e consagradas, mas dessa vez tenho certeza que quase ninguém terá ouvido falar no grupo dono do texto. Isso porque trata-se de uma banda colombiana que descobri quando estive por lá no final do ano passado. Em meio à tanta salsa, aguardiente e calor humano, acabei conhecendo a Bomba Estéreo. Essqa canção faz parte do disco "Estalla!" de 2008. Segue a letra:


Conversa Fiada

Sobre trabalho, força de vontade e esperança

Mais um ano que acaba e deixa saudades por tantas aventuras, viagens e músicas que conhecemos e compartilhamos. 2014 foi o ano em que voltei pra casa depois de uma grande aventura ao redor do mundo, por isso gostaria de encerrá-lo com essa canção que conheci lá, no lado oposto do globo, e me acompanha até hoje quando quero relembrar dos melhores e piores momentos vividos ali. É da banda Of Monster and Men e foi lançada em 2011 em seu álbum de estréia, "My Head is an Animal". Segue a letra:


Indo de Volta pra Nova Orleans

Uma busca por um pub, cerveja e uma canção

Tenho uma história interessante sobre essa canção. Uma história que envolve milhares de milhas de distância, viagens, cerveja e um e-mail. Uma boa história sem uma canção é como cerveja sem gelo. Por mais que sobrem adjetivos negativos para qualificá-la, a verdadeé que ela se torna: sem graça. É por isso que coloco a própria música aqui, a verdadeira autora dessa história, uma canção de Deacon John, lançada em 2003 no disco "Deacon John's Jump Blues. Segue a letra:


Garoto do Campo

Pessoas que marcam lugares especiais

Todos sabem do meu amor pelas praias e pelo mar. Se fui algum animal em vidas passadas foi provavelmente um peixe, dado meu problema de asfixia que ainda me acomete, caso permaneça muito tempo longe da água. Mas, como vamos amadurecendo como um bom vinho, ultimamente tenho que admitir que o cenário campestre tem me chamado atenção e despertado meu apreço. Boa parte da culpa disso são as pessoas que vivem no campo e no interior, donas de um coração humilde, sorriso rápido e sotaque delicioso. É para essas pessoas que escrevo hoje ao som de ninguém menos que Lynyrd Skynyrd e essa pedrada do disco de 1975, "Nuthin' Fancy". Segue a letra:


[ESPECIAL] As 10 canções mais viajantes da história, de acordo com Músicas de Andarilho

ATENÇÃO: O texto a seguir não representa à Verdade Absoluta do Universo, mas apenas à opinião do Blog. Texto melhor apreciado se acompanhado de uma bela cerveja gelada.

O conceito desde blog, desde sua criação, há mais de 5 anos, foi o de reunir e comentar as canções mais viajantes já gravadas e espalhadas pelo mundo. Há muitas, centenas de milhares de músicas assim: capazes de fazer uma pessoa comum se desprender do tempo e espaço e viajar pelas infinitas dimensões e lugares sem limites da mente. Mas, como sempre, há aquelas canções que se destacam. São as melhores das melhores, o creme de la creme. O topo do ápice do pico da viagem. E aqui estão as 10 canções que fazem parte deste grupo, sem nenhuma ordem específica.

Antes que você pense que esse texto é mais um delírio de um louco e aficionado por música, saiba que as canções aqui selecionadas são fruto de centenas de horas de pesquisa e conversa com os maiores amantes da música que conheci nos bares e nas caminhadas da vida. Em suma, não trata-se do delírio de um louco. E sim de vários loucos. Então, agora relaxe e aproveite a viagem.


[NA ESTRADA] A Capital da Salsa

Eu não acreditava muito quando me diziam que em Cali, na Colômbia, tocava salsa à toda hora, em todo lugar. Eu pensava comigo: "não pode ser. Como pode uma cidade ouvir salsa 24 horas por dia?" Eu custei a acreditar, decidido, em minha ignorância, de que na Capital da Salsa haveria de ter alguém que não fosse aficcionado pelo estilo musical cubano.

Mas na verdade não havia.

Ou melhor, se havia, esse alguém jamais ousou modificar a regra não escrita que se tornou um sagrado ritual: em lugares públicos, ouve-se salsa.


[LANÇAMENTO] Santana's Corazón


Que Santana ainda é um dos maiores nomes do Rock e da música atual, todos sabem. O que poucos percebem é que o músico mexicano tem uma incrível habilidade que o coloca em posição de destaque no meio musical. E não estou falando de sua exímia destreza com a guitarra. Falo sobre suas parcerias, ou digamos... convidados para sua festa.

Vida de Cigano

Um amor de vida

Se a vida fosse um imenso jogo de RPG e você pudesse dizer à Deus, antes de nascer, que tipo de pessoa gostaria de ser, o que você escolheria? Colocaria alguns pontos em atributos físicos e seria um atleta olímpico profissional? Ou gastaria todo o cacife em inteligência para ser um astronauta ou cientista? Ou ainda, apelaria para o carisma para ser um líder nacional ou ator de Hollywood? No meu caso, por mais que opções tecnológicas ou de destaque na sociedade sejam tentadoras, iria acabar optando por algo simples. Simples como as melhores coisas da vida. Um cigano. O motivo você descobre ao ouvir a canção abaixo com atenção. É do Gypsy Kings, como poderia supor-se, parte do disco


[NA ESTRADA] Sem parar o Rock and Roll, seja na Austrália ou no Brasil

A música continua, independente do cenário

Chegou o fim da minha aventura na Austrália. Depois de mais ou menos um ano e meio recheado de trabalho árduo, caminhadas por cenários incríveis sob um calor indescritível ou frio penetrante, é hora de voltar pro outro lado do globo. Não sei ao certo onde vou parar, mas essa é uma das graças da vida: a incerteza de qualquer coisa. Tentar prever o futuro é, como dizem os sábios, pura tolice. É por isso que com esse texto pretendo falar um pouco do passado. Vou jogar um pouco de luz sobre a vida que levei na Austrália, do lado bom e divertido, mas também do lado negro sobre o qual muitos não ousam comentar. A trilha sonora fica por conta da banda mãe australiana: ACDC e seu lema de sempre amor ao Rock and Roll. Faz parte do incrível disco "Stiff Upper Lip", lançado em 1996. Segue a letra:


[NA ESTRADA] País Tropical

Férias no melhor lugar do mundo: em casa

É, amigos... Minha passagem por minha terra natal chegou ao fim. Cá estou novamente do outro lado do mundo, na terra dos Cangurus, de arbustos e desestros. De coração partido - metade ficou com a família e amigos - sigo renovado para encarar mais um semestre de trabalho, aprendizado e viagens por essas terras. As férias em casa foram as melhores que tive na vida e por isso o texto de hoje faz uma homenagem à minha casa tão abençoada. Não podia ser com outra canção que não essa do Jorge Ben, lançada em 1969 no disco que lva o nome do músico. Segue a letra:


Em casa de novo

Belas percepções que só aparecem quando voltamos pra casa

Como os ciganos, andarilhos e vagabundos ensinaram, eu saí pela estrada para ver o mundo. A maior das minhas viagens começou há quase um ano atrás, quando decidi ir morar na Austrália. Depois de tanto tempo, tantas aventuras, chegou a hora de visitar minha terra natal novamente. Se a emoção de viajar e enfrentar o desconhecido é grande, voltar para sua casa tão amada é algo totalmente diferente, mas igualmente incrível. Para descrever essa parte da viagem, nada melhor do Blackmore's Night e uma canção do disco "Fires at Midnight", lançado em 2001. Segue a letra:


Zitarrossa

Caronas e músicas

Não me canso de me admirar com a forma como algumas coisas chegam até nós. Há pessoas, experiências e, é claro, músicas que aparecem em nossas vidas de forma tão misteriosa que chegamos à pensar como aquele personagem do filme de Spyke Lee, que diz: "Se não fosse por muito, muito, muito pouco, nada disso teria acontecido". Foi numa dessas circunstâncias que conheci Bajofondo, um grupo argentino de tango eletrônico que tenho a honra de apresentar no blog. Essa saiu em 2007, no disco "Mar Dulce". Segue a letra:


[NA ESTRADA] Lá e de Volta Outra Vez

Aventuras, músicas e aprendizados na Nova Zelândia


Nem mesmo a distância dos Oceanos Atlântico e Pacífico, somados ao país da Austrália e o mar da Tasmânia e nem mesmo o boicote do Google às imagens do layout do meu blog vão me impedir de contar o que eu vi na Nova Zelândia. Demorou, eu sei. Peço desculpas, mas cá estou, com o espírito renovado e a mente fresca para continuar com as viagens musicais pelas estradas da vida que me conduziram àquele pequeno país longe de tudo, mas que se revelou tão grande e tão próximo. E que belíssimas estradas pelas quais passei. O que vi na Terra Média é por demais abençoado para ser deixado de lado, por isso peço licença para dedicar esse post, não à uma canção em si, mas à muitas canções que embalaram essa aventura nos muitos dias em que estive fora. Dê o play enquanto lê o parágrafo seguinte. Ou, se você não gosta da música em questão, coloque a sua própria trilha sonora para esse texto. Assim como a Nova Zelândia, meu texto pretende ser livre de estilos únicos, firmando-se numa mistura de culturas e eventos que resultam na beleza de cada momento. Começo com uma canção tradicional da Nova Zelândia que, orgulhosamente foi tocada no rádio ao menos umas 10 vezes enquanto viajávamos: