Eu não acreditava muito quando me diziam que em Cali, na Colômbia, tocava salsa à toda hora, em todo lugar. Eu pensava comigo: "não pode ser. Como pode uma cidade ouvir salsa 24 horas por dia?" Eu custei a acreditar, decidido, em minha ignorância, de que na Capital da Salsa haveria de ter alguém que não fosse aficcionado pelo estilo musical cubano.
Mas na verdade não havia.
Ou melhor, se havia, esse alguém jamais ousou modificar a regra não escrita que se tornou um sagrado ritual: em lugares públicos, ouve-se salsa.
Pode parecer loucura, mas a verdade é que faz todo sentido.
Cali é uma cidade, acima de tudo, quente. Durante todo o ano, a temperatura dificilmente fica abaixo dos 30º. Com o calor, outras assinaturas surgiram no decorrer dos anos: muita alegria, cores vibrantes, roupas curtas e bebidas geladas.
E, é claro, para costurar tudo isso, um ritmo musical que fosse capaz de extravasar tanta emoção e derreter até os mais duros e gélidos corações. Foi aí que Cali e a Salsa se encontraram. Do casamento veio um povo simpático e feliz e os maiores dançarinos da Colômbia - alguns até do mundo.
Cali é lugar de paixões e amizades, tão fortes quanto o sol inclemente. Debaixo do céu azul e por meio das árvores amareladas, pessoas extremamente amáveis caminham, trabalham e oferecem seu "buenos dias" à todos, sem exceção. Não há estranhos em Cali. Há apenas pessoas que não haviam se visto ainda - e isso não é motivo algum para falta de cortesia. Do passeio de sábado no parque à uma caminhada noturna pela Avenida 66, haverão muitas saudações, muitos sorrisos, muchas gracias e mucho gusto.
E quando alguém acostumado com lugares, digamos, mais frios se pergunta como isso tudo é possível, a resposta é simples: salsa.
Se há uma razão para o tamanho extra-largo dos corações Calenhos, essa razão é a trilha sonora. Afinal, como se sentir mau-humorado com tantos trumpetes, percussões e vozes apaixonadas nos rádios 24 horas por dia?
É pegar um táxi e ouvir Grupo Niche:
É ir ao super-mercado e ouvir a Orquestra Guayacan:
É ir ao bar da esquina e ouvir La Sonora Poceña:
Não há como ficar alheio. Até os pouco acostumados com o ritmo caribenho logo verão a si próprios assobiando os temas mais clássico e, quem sabe até, ensaiando um passinho ou dois numa pista de dança.
Pista de dança, aliás, é um luxo desnecessário. Calenhos bailam enquanto fazem compras, cozinham, nas calçadas ou na arquibancada do teatro. Tudo na Terceira Maior cidade da Colômbia se resume ao que a salsa traduz em música: ritmo, cores e calor humano.
Com tanta vivacidade, em Cali nossa expressão tão brasileira torna-se ainda mais verdadeira:
"Aqui não há tempo ruim" ;)
Mas na verdade não havia.
Ou melhor, se havia, esse alguém jamais ousou modificar a regra não escrita que se tornou um sagrado ritual: em lugares públicos, ouve-se salsa.
Pode parecer loucura, mas a verdade é que faz todo sentido.
Cali é uma cidade, acima de tudo, quente. Durante todo o ano, a temperatura dificilmente fica abaixo dos 30º. Com o calor, outras assinaturas surgiram no decorrer dos anos: muita alegria, cores vibrantes, roupas curtas e bebidas geladas.
E, é claro, para costurar tudo isso, um ritmo musical que fosse capaz de extravasar tanta emoção e derreter até os mais duros e gélidos corações. Foi aí que Cali e a Salsa se encontraram. Do casamento veio um povo simpático e feliz e os maiores dançarinos da Colômbia - alguns até do mundo.
Cali é lugar de paixões e amizades, tão fortes quanto o sol inclemente. Debaixo do céu azul e por meio das árvores amareladas, pessoas extremamente amáveis caminham, trabalham e oferecem seu "buenos dias" à todos, sem exceção. Não há estranhos em Cali. Há apenas pessoas que não haviam se visto ainda - e isso não é motivo algum para falta de cortesia. Do passeio de sábado no parque à uma caminhada noturna pela Avenida 66, haverão muitas saudações, muitos sorrisos, muchas gracias e mucho gusto.
E quando alguém acostumado com lugares, digamos, mais frios se pergunta como isso tudo é possível, a resposta é simples: salsa.
Se há uma razão para o tamanho extra-largo dos corações Calenhos, essa razão é a trilha sonora. Afinal, como se sentir mau-humorado com tantos trumpetes, percussões e vozes apaixonadas nos rádios 24 horas por dia?
É pegar um táxi e ouvir Grupo Niche:
É ir ao super-mercado e ouvir a Orquestra Guayacan:
É ir ao bar da esquina e ouvir La Sonora Poceña:
Não há como ficar alheio. Até os pouco acostumados com o ritmo caribenho logo verão a si próprios assobiando os temas mais clássico e, quem sabe até, ensaiando um passinho ou dois numa pista de dança.
Pista de dança, aliás, é um luxo desnecessário. Calenhos bailam enquanto fazem compras, cozinham, nas calçadas ou na arquibancada do teatro. Tudo na Terceira Maior cidade da Colômbia se resume ao que a salsa traduz em música: ritmo, cores e calor humano.
Com tanta vivacidade, em Cali nossa expressão tão brasileira torna-se ainda mais verdadeira:
"Aqui não há tempo ruim" ;)
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