Uma viagem musical épica pelo mar e pelo sol
Tenho um grande amigo com ótimo gosto musical. Tiago não é só um brother de cerveja, como é um brother do rock and roll e de vários shows. Das várias bandas que ele me trouxe à luz, sem dúvida a que mais me impressionou é Savatage. Sei que meu amigo em questão tem um gosto musical mais pesado que o meu. Fã do metal em suas várias vertentes, quando me apresentou Savatage, lembro bem que ele disse: "Você que aprecia um Hard Rock vai gostar dessa banda de metal". E foi, como diria vovó, "batata!" Além do som excepcional da banda, suas letras valem a pena serem lidas com calma. Essa é do disco "The Wake of Magellan", de 1998. Segue a letra:
Morning Sun
(Caffery/Oliva/O'Neill)
When you look at the morning sun
Do you see what I see
Or could I be the only one
Seeing just what I need
I envision a different man
Than the one I've become
Pray the ocean will understand
That my time isn't done
Everyone's leading
But nobody's dancing
You stand on the stage
Just to turn all alone
I have waited this way
For a lifetime of days
I can't wait for the morning sun
As I stand with the sea
And the ocean she understands
Just the man I could be
Somewhere else there's a different world
With a sun that will rise
And a moon that will take its place
In another man's eyes
And perhaps it's a better world
Than the one that I see
Or if better for no one else
Perhaps better for me
Here in the dark where the sky shows its graces
Revealing each star while the moon plays the fool
Saying how it must be while the night disagrees
I can't wait for the morning sun
As I stand with the sea
And the ocean she understands
Just the man I could be
No, no, time doesn't wait for you
No, no, leave it alone
No, no, your days are far too few
This thing I have always known
When your time is up it's true
They never give another day to you
When your time is up it's through
No one cares how
Can't keep it
Can't save it
Can't take it away with you
So I say we use it now
Vamos à andança...
Pra quem não sabe eu tenho um lado nerd. E ao contrário da maioria das pessoas do tipo, eu tenho orgulho desse lado. Desde jovem, figuram na minha prateleira os volumes únicos do "O Senhor dos Anéis", "Crônicas de Nárnia", "Crônicas de Arthur", além de uma porção de HQs e filmes épicos. Tudo que remete ao mundo medieval ou ficcional desperta meu instantâneo apreço. Talvez por isso Savatage tenha conquistado seu lugar no meu player logo de cara. Suas canções são ambientadas em mundos épicos e, certamente, sua mente viajará por paisagens incríveis enquanto ouve Morning Sun. A voz de Zachary Stevens ajuda, com um vocal lírico afinadíssimo que vai do lento e suave ao agressivo e poderoso com maestria. Mas nem só pela temática medieval uma banda merece destaque. Bandas do tipo é o que não faltam. Outro diferencial do Savatage é a instrumentação fenomenal. Com um pé no Heavy Metal e outro no Hard Rock, o grupo encontra um equilíbrio raro na obra. Riff grudento e solo agudo nunca casaram tão bem. Aliás, altos e baixos é o que não falta nessa canção que pode ser considerada até progressiva. Ela começa com Steves recitando lentamente: "Quando você olhar pro sol nascente, você verá o que eu vejo? Ou seria eu o único vendo justamente o que eu preciso ver?". Ao fundo apenas um violão belamente dedilhado por Chris Caffery acompanha o vocalista. Mais a frente como que num estalar de dedos, a instrumentação de transforma. O violão dá lugar a uma guitarra com peso e riff excelente. A bateria de Jeff Plate entra pra debulhar e a voz de Steves acelera vindo direto do âmago, enquanto ele declama: "Eu não posso esperar pelo sol nascente enquanto estou junto ao mar. E o oceano entende o homem que eu pude ser". Tão bonito quanto esses versos é a viagem causada por ele. Como que num surrealismo Pink-Floydiano é fácil imaginar o narrador junto ao mar, observando o sol numa praia alaranjada - a borda de uma terra cheia de enigmas, paixões e coragem. Em outra obra literária que me agrada, "Crônicas Saxônicas", de Bernard Cornwell há um personagem que não cansa de dizer o quanto o mar é essencial para sua vida. Só o mar o entende completamente. É o caso do eu-lírico dessa canção. É o meu caso também. Enquanto a música evolui somos levados pelo solo excelente do guitarrista, até subtamente parar. O barco atracou, junto com a luz da manhã. Mas a viagem, obviamente valeu a pena ;)
Nunca ouviu?
Eu não posso esperar pela luz. Escute:
Tenho um grande amigo com ótimo gosto musical. Tiago não é só um brother de cerveja, como é um brother do rock and roll e de vários shows. Das várias bandas que ele me trouxe à luz, sem dúvida a que mais me impressionou é Savatage. Sei que meu amigo em questão tem um gosto musical mais pesado que o meu. Fã do metal em suas várias vertentes, quando me apresentou Savatage, lembro bem que ele disse: "Você que aprecia um Hard Rock vai gostar dessa banda de metal". E foi, como diria vovó, "batata!" Além do som excepcional da banda, suas letras valem a pena serem lidas com calma. Essa é do disco "The Wake of Magellan", de 1998. Segue a letra:
Morning Sun
(Caffery/Oliva/O'Neill)
When you look at the morning sun
Do you see what I see
Or could I be the only one
Seeing just what I need
I envision a different man
Than the one I've become
Pray the ocean will understand
That my time isn't done
Everyone's leading
But nobody's dancing
You stand on the stage
Just to turn all alone
I have waited this way
For a lifetime of days
I can't wait for the morning sun
As I stand with the sea
And the ocean she understands
Just the man I could be
Somewhere else there's a different world
With a sun that will rise
And a moon that will take its place
In another man's eyes
And perhaps it's a better world
Than the one that I see
Or if better for no one else
Perhaps better for me
Here in the dark where the sky shows its graces
Revealing each star while the moon plays the fool
Saying how it must be while the night disagrees
I can't wait for the morning sun
As I stand with the sea
And the ocean she understands
Just the man I could be
No, no, time doesn't wait for you
No, no, leave it alone
No, no, your days are far too few
This thing I have always known
When your time is up it's true
They never give another day to you
When your time is up it's through
No one cares how
Can't keep it
Can't save it
Can't take it away with you
So I say we use it now
Vamos à andança...
Pra quem não sabe eu tenho um lado nerd. E ao contrário da maioria das pessoas do tipo, eu tenho orgulho desse lado. Desde jovem, figuram na minha prateleira os volumes únicos do "O Senhor dos Anéis", "Crônicas de Nárnia", "Crônicas de Arthur", além de uma porção de HQs e filmes épicos. Tudo que remete ao mundo medieval ou ficcional desperta meu instantâneo apreço. Talvez por isso Savatage tenha conquistado seu lugar no meu player logo de cara. Suas canções são ambientadas em mundos épicos e, certamente, sua mente viajará por paisagens incríveis enquanto ouve Morning Sun. A voz de Zachary Stevens ajuda, com um vocal lírico afinadíssimo que vai do lento e suave ao agressivo e poderoso com maestria. Mas nem só pela temática medieval uma banda merece destaque. Bandas do tipo é o que não faltam. Outro diferencial do Savatage é a instrumentação fenomenal. Com um pé no Heavy Metal e outro no Hard Rock, o grupo encontra um equilíbrio raro na obra. Riff grudento e solo agudo nunca casaram tão bem. Aliás, altos e baixos é o que não falta nessa canção que pode ser considerada até progressiva. Ela começa com Steves recitando lentamente: "Quando você olhar pro sol nascente, você verá o que eu vejo? Ou seria eu o único vendo justamente o que eu preciso ver?". Ao fundo apenas um violão belamente dedilhado por Chris Caffery acompanha o vocalista. Mais a frente como que num estalar de dedos, a instrumentação de transforma. O violão dá lugar a uma guitarra com peso e riff excelente. A bateria de Jeff Plate entra pra debulhar e a voz de Steves acelera vindo direto do âmago, enquanto ele declama: "Eu não posso esperar pelo sol nascente enquanto estou junto ao mar. E o oceano entende o homem que eu pude ser". Tão bonito quanto esses versos é a viagem causada por ele. Como que num surrealismo Pink-Floydiano é fácil imaginar o narrador junto ao mar, observando o sol numa praia alaranjada - a borda de uma terra cheia de enigmas, paixões e coragem. Em outra obra literária que me agrada, "Crônicas Saxônicas", de Bernard Cornwell há um personagem que não cansa de dizer o quanto o mar é essencial para sua vida. Só o mar o entende completamente. É o caso do eu-lírico dessa canção. É o meu caso também. Enquanto a música evolui somos levados pelo solo excelente do guitarrista, até subtamente parar. O barco atracou, junto com a luz da manhã. Mas a viagem, obviamente valeu a pena ;)
Nunca ouviu?
Eu não posso esperar pela luz. Escute:
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