Bandas boas costumam acertar em tudo no começo
Em todos os anos da minha curta vida de ouvinte de Rock fui apresentado a diversas bandas incríveis. Os marcadores aí ao lado mostram o quanto tive boas indicações das pessoas a minha volta. Vez ou outra tento retribuir o favor e indicar novas músicas e bandas incríveis para que outras pessoas viagem, assim como eu. É o que farei hoje. Sheikadelic é uma das novas e promissoras bandas brasileiras a trazer de volta à tona o Rock N Roll em sua mais vívida forma. Essa canção é um dos singles de estréia, parte do disco auto-entitulado do grupo. Segue a letra:
Limite Perdido
(Gremem/Gremem/Gonçalves)
Aposto todas as fichas
Mesmo sabendo que não sei vencer
Não compro nenhuma richa
Pra no final não me arrepender
Só temo em me perder
E nunca mais te encontrar
Não temo por não me ouvir
Eu temo em não te escutar
O limite para quebrar
O medo para dissipar
O toque pra esquecer
O tempo a passar
O espaço a nos separar
Não guardo nenehum rancor
Eu nem penso em te ferir
Só um lado triste
Eu sei que ainda posso sorris
Por mais que seja estranho
Eu posso querer mais, mais, mais
E ninguém sabe o tamanho do caminho
Que ficou pra trás
Ainda tempo para olhar
Ainda espaço para encontrar
O tempo perdido
Que podemos apagar
O espaço a nos separar
Não posso me conter
Não quero me aborrecer
Não posso só fingir entender
O limite para quebrar
O medo para dissipar
O toque pra esquecer
O tempo a passar
O espaço a nos separar
Não pode nos conter
Não pode nos prender
Não podemos só fingir entender
Vamos à andança...
Hoje no trabalho eu conversava com um amigo também amante do Rock N Roll e acabei confessando a ele o que sempre digo, embora não seja sempre agradável de ouvir: não sou fã do Rock nacional. Olhando os tais marcadores aí do lado, qualquer leitor atento pode reparar que infelizmente ainda há pouco material brasileiro aqui, embora Skank, O Rappa, Velhas Virgens e Fernando Noronha estejam entre as mais postadas. Só que nenhuma dessas é uma banda focada exclusivamente no Rock N'Roll por assim dizer. As duas primeiras mesclam um emaranhado sensacional de influências que vão do Ska ao Hip Hop. Já as duas últimas usam muito mais o Blues como combustível em suas poderosas viagens. Mas no campo do puro Rock, a coisa é diferente. No Brasil é difícil encontrar bandas construtoras de riffs potentes, pancadas agressivas, letras inteligentes e ritmos capazes de fazer um roqueiro ensaiar seu passo de dança clássico que consta basicamente de levantar uma das mãos com o formato do "chifrinho" e se sacudir pra cima e pra baixo. Digo difícil, mas sei que não é impossível, claro. Estão aí os Sem Camisa, por exemplo, bem como o grande Nando Pires. Para juntar-se a eles nesse caminho tortuoso, renegado, quiçá ingrato, porém certamente deveras prazeroso, hoje trago Sheikadelic. Diferente das bandas citadas aqui, entretanto, essa banda paulista tem suas mais fortes referências no Grunge de Seatle e no que veio de bom dos anos 90 pra cá. Ouvindo Limite Perdido é fácil reparar nas ótimas influências que uniram o grupo. O riff introdutório, uma carga pesadíssima e avassaladora nos remete ao primeiro e lendário disco do Pearl Jam ou nas canções mais agressivas do Red Hot Chili Peppers e do Audioslave. Embora eu tenha a triste mania de citar essas bandas lendárias - mais como uma forma de enaltecer o som de um grupo - reconheço que nem sempre vale a pena comparar. Afinal, bandas boas como essa sempre deixam muito claro sua forte identidade desde o primeiro segundo. Curiosamente foi assim com todos os grandes grupos citados. É assim com Sheikadelic. A banda formada pelos irmãos Tales e Theo Gremem e por Rômulo Gonçalves, tem no misto entre guitarra distorcida, bateria empolgante e um piano ligeiro uma marca forte. É de se destacar também o vocal rasgado altamente Grunge, enérgico. Cada verso "O espaço a no separaaaaaar" é de causar calafrios na espinha. Todos esses elementos fazem de Limite Perdido uma viagem excepcional. Vale ressaltar mais uma vez o piano, instrumento nem sempre tão bem explorado pelas bandas, mas que quando usado com sabedoria multiplica a experiência musical. É o caso aqui, com suas notas reluzindo em meio ao riff emaranhado, criando um clima emocionante. Além disso, outro diferencial da banda que torna sua identidade ainda mais marcante são os vídeo-clipes. Esse canal de mídia, outrora tão bem explorado por bandas como ACDC, Oasis e U2, tem entrado em uma carência criativa nos últimos anos, mas encontra em Sheikadelic uma nova energia revigorada por boas influências da sétima arte como Guy Ritchie e Quentin Tarantino. Vale a pena conferir o vídeo de Limite Perdido, além da excelente música é, claro. É por questões como essa que podemos concluir que as bandas mais excepcionais que surgiram, sempre acertaram em tudo no começo ;)
Visite o Soundcloud da banda e conheça mais
Nunca ouviu?
Atravesse o limite agora. Escute:
Em todos os anos da minha curta vida de ouvinte de Rock fui apresentado a diversas bandas incríveis. Os marcadores aí ao lado mostram o quanto tive boas indicações das pessoas a minha volta. Vez ou outra tento retribuir o favor e indicar novas músicas e bandas incríveis para que outras pessoas viagem, assim como eu. É o que farei hoje. Sheikadelic é uma das novas e promissoras bandas brasileiras a trazer de volta à tona o Rock N Roll em sua mais vívida forma. Essa canção é um dos singles de estréia, parte do disco auto-entitulado do grupo. Segue a letra:
Limite Perdido
(Gremem/Gremem/Gonçalves)
Aposto todas as fichas
Mesmo sabendo que não sei vencer
Não compro nenhuma richa
Pra no final não me arrepender
Só temo em me perder
E nunca mais te encontrar
Não temo por não me ouvir
Eu temo em não te escutar
O limite para quebrar
O medo para dissipar
O toque pra esquecer
O tempo a passar
O espaço a nos separar
Não guardo nenehum rancor
Eu nem penso em te ferir
Só um lado triste
Eu sei que ainda posso sorris
Por mais que seja estranho
Eu posso querer mais, mais, mais
E ninguém sabe o tamanho do caminho
Que ficou pra trás
Ainda tempo para olhar
Ainda espaço para encontrar
O tempo perdido
Que podemos apagar
O espaço a nos separar
Não posso me conter
Não quero me aborrecer
Não posso só fingir entender
O limite para quebrar
O medo para dissipar
O toque pra esquecer
O tempo a passar
O espaço a nos separar
Não pode nos conter
Não pode nos prender
Não podemos só fingir entender
Vamos à andança...
Hoje no trabalho eu conversava com um amigo também amante do Rock N Roll e acabei confessando a ele o que sempre digo, embora não seja sempre agradável de ouvir: não sou fã do Rock nacional. Olhando os tais marcadores aí do lado, qualquer leitor atento pode reparar que infelizmente ainda há pouco material brasileiro aqui, embora Skank, O Rappa, Velhas Virgens e Fernando Noronha estejam entre as mais postadas. Só que nenhuma dessas é uma banda focada exclusivamente no Rock N'Roll por assim dizer. As duas primeiras mesclam um emaranhado sensacional de influências que vão do Ska ao Hip Hop. Já as duas últimas usam muito mais o Blues como combustível em suas poderosas viagens. Mas no campo do puro Rock, a coisa é diferente. No Brasil é difícil encontrar bandas construtoras de riffs potentes, pancadas agressivas, letras inteligentes e ritmos capazes de fazer um roqueiro ensaiar seu passo de dança clássico que consta basicamente de levantar uma das mãos com o formato do "chifrinho" e se sacudir pra cima e pra baixo. Digo difícil, mas sei que não é impossível, claro. Estão aí os Sem Camisa, por exemplo, bem como o grande Nando Pires. Para juntar-se a eles nesse caminho tortuoso, renegado, quiçá ingrato, porém certamente deveras prazeroso, hoje trago Sheikadelic. Diferente das bandas citadas aqui, entretanto, essa banda paulista tem suas mais fortes referências no Grunge de Seatle e no que veio de bom dos anos 90 pra cá. Ouvindo Limite Perdido é fácil reparar nas ótimas influências que uniram o grupo. O riff introdutório, uma carga pesadíssima e avassaladora nos remete ao primeiro e lendário disco do Pearl Jam ou nas canções mais agressivas do Red Hot Chili Peppers e do Audioslave. Embora eu tenha a triste mania de citar essas bandas lendárias - mais como uma forma de enaltecer o som de um grupo - reconheço que nem sempre vale a pena comparar. Afinal, bandas boas como essa sempre deixam muito claro sua forte identidade desde o primeiro segundo. Curiosamente foi assim com todos os grandes grupos citados. É assim com Sheikadelic. A banda formada pelos irmãos Tales e Theo Gremem e por Rômulo Gonçalves, tem no misto entre guitarra distorcida, bateria empolgante e um piano ligeiro uma marca forte. É de se destacar também o vocal rasgado altamente Grunge, enérgico. Cada verso "O espaço a no separaaaaaar" é de causar calafrios na espinha. Todos esses elementos fazem de Limite Perdido uma viagem excepcional. Vale ressaltar mais uma vez o piano, instrumento nem sempre tão bem explorado pelas bandas, mas que quando usado com sabedoria multiplica a experiência musical. É o caso aqui, com suas notas reluzindo em meio ao riff emaranhado, criando um clima emocionante. Além disso, outro diferencial da banda que torna sua identidade ainda mais marcante são os vídeo-clipes. Esse canal de mídia, outrora tão bem explorado por bandas como ACDC, Oasis e U2, tem entrado em uma carência criativa nos últimos anos, mas encontra em Sheikadelic uma nova energia revigorada por boas influências da sétima arte como Guy Ritchie e Quentin Tarantino. Vale a pena conferir o vídeo de Limite Perdido, além da excelente música é, claro. É por questões como essa que podemos concluir que as bandas mais excepcionais que surgiram, sempre acertaram em tudo no começo ;)
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