Mulher de fogo

O que sai da mistura entre esporte e Rock N'Roll

Vez ou outra costumo comentar sobre canções que ouvi durante um treino de Boxe. Algumas bandas, ao exemplo de Heart, conheci durante essas seções do esporte, ao que agradeço o professor e DJ da academia, Denis Mesquita. Outras bandas que já me eram caras, receberam todo um novo entendimento ao serem apreciadas enquanto a adrenalina fluía rápida em meio aos socos e flexões de braço. Com essa obra do The Cult foi assim. Ela faz parte do disco fenomenal, "Sonic Temple", de 1989. Segue a letra:




Fire Woman
(Astbury/Duff)

Shake shake shake shake it. yeah...
Wound up, can't sleep, can't do anything right, little honey,
Oh, since I set my eyes on you.
I tell ya the truth.
Twistin' like a flame in a slow dance, baby,
You're driving me crazy.
Come on, little honey, come on now!

Fire! Smoke, she is a rising!
Fire! Smoke on the horizon!
Fire! Smoke, she is a rising!
Fire! Smoke stack lightning!
Smoke stack lightning.

Well now...You shake it up, you're to blame, got me swayin 'little honey
My heart's a ball of burnin' flame.
Oh, yes it is.
Trancing like a cat on a hot tin shack,
Lord, have mercy! Come on little sister, come on and shake it!

Fire! Smoke, she is a rising!
Fire! Smoke on the horizon! Yeah.
Fire! Smoke, she is a rising!
Fire! Smoke stack lightning! Lightning!

I was thinkin what I've been missin.
I'll tell you truthfully, well.
She's comin close now.
I can feel her.
She's getting close to me.

Fire! Smoke, she is a rising!
Fire! Smoke on the horizon!
Fire! Smoke, she is a risin risin rising!
Fire! Smoke stack lightning!

Fire..shake it baby..

Fire woman you're to blame
Fire woman you're to blame
repeat

Vamos à andança...

Sou uma pessoa adepta do esporte. Não sei como esse gosto pela suadeira e esforço físico veio parar no meu DNA, mas desde garoto o esporte faz parte do meu dia-a-dia. Como a maioria dos jovens brasileiros, já me aventurei pelo futebol, mas logo cedo percebi que eu era tão bom nessa modalidade quanto o Conan deve ser bom em pintura manual. Tive uma breve passagem pelo basquete no final da escola e mesmo que minha atuação no time pudesse ser substituídas por um cone, jogar aquele esporte ainda hoje me traz uma alegria saudosista ímpar. Apesar dessas aventuranças e experimentações, foi na arte marcial onde eu achei minha casa. Treinei Kung Fu por um bom tempo e atualmente treino Boxe. Foi nesse último que eu descobri o poder da mistura entre música e esporte. Como dito no início do post, para minha sorte, o dono da academia onde treino tem bom gosto musical. É comum treinarmos ao som de ACDC, Faith No More, Live, Metallica, dentre outros. E é fácil constatar o poder que a boa música exerce sobre sua mente na hora do movimento. É mais ou menos esse o segredo da Capoeira. Atletas unem seu treino árduo à uma música inspiradora e, impulsionados por ela atingem níveis antes nunca explorados. Num desses treinos de boxe, experimentei ouvir The Cult. A canção que abre o disco, Fire Woman, já trouxe uma dose de energia extra que misteriosamente se instalou nos meus braços, pernas, pulmões e coração. É claramente perceptível essa força à parte que te preenche na mistura entre exercício físico e música. É como se o riff acelerado e envolvente, as pancadas da bateria, as vocalizações enérgicas liberassem o acesso à uma quantidade de energia reserva, a qual você não consegue usar normalmente. Ou talvez a música transmita à você uma porção de partículas de destreza e vigor por meio do som. Se pararmos pra pensar, faz sentido. Afinal são duas artes. A arte marcial, que te inspira a guerrear contra si próprio numa superação constante e arte musical que te enche de vivacidade, coragem e tudo o mais que a banda colocou ali, enquanto compunha sua obra. Em Fire Woman, além de todas essas qualidades, o Cult colocou amor - uma paixão incinerante pela tal "mulher de fogo". Acompanhado do riff feroz de Billy Diff, Ian Astbury canta e grita seu apreço pela amada incandescente: "Estou ferido, sem dormir, sem fazer nada direito, querida, desde que coloquei meus olhos em você. Te falo a verdade, girando como uma chama em uma dança suave, você está me deixando louco". Nisso a virada instigante chama o refrão, onde uma pancada seca na bateria eclode no grito de guerra: "FOOOOOOGO! Fumaça, ela está surgindo!" É nesse refrão onde está contida a maior dose de poder. Cuidado com a sobrecarga. Se você estiver realizando um esporte de alta performance, como um Triathlon, por exemplo, tocar Fire Woman pode ser fatal. É energia concentrada demais. De qualquer forma, seja você um atleta de fim de semana ou profissional da área, experimente a música. Use bandas como o Cult para ir além de seus limites. Com elas você descobrirá que não há limites. Se não tem o costume de se exercitar, talvez com o acompanhamento musical você encontre um prazer e uma nova motivação pra começar. Lembre-se do ensinamento máximo da Nike: "Se você tem um corpo, você é um atleta". Você nasceu para se mover, para produzir energia. Seu corpo é uma máquina de façanhas incríveis. Ele é sua morada, a única coisa que você realmente possui nessa vida. Explore-o, trabalhe-o, aperfeiçoe-o. E para instiga-lo, eu te digo, não há nada melhor do que um Rock N'Roll ;)

Nunca ouviu?

Aqui está o fósforo pra essa labareda. Escute:

Comentários

danusa disse…
Muito boa essa viagem!
Andarilho disse…
Obrigado minha querida! Q bom q curtiu!
Renato Perazza disse…
Leva esse CD pro nosso treino!
Boxe e Rock, uma combinação insuperável, duas artes apaixonantes!