Obra é parte do disco "A Head Full of Dreams"
Quando ouvi falar pela primeira vez no Coldplay, logo que eles tinham lançado seu segundo álbum "A Rush of the Blood to the Head", percebi que se tratava de uma banda boa. Definitivamente boa. Mas era só.
Eu sentia que faltava algo.
Curtia In My Place, Clocks, Yellow, tudo isso. Era um abanda com hits, certamente. Toda aquela melancolia bem conduzida, com uma guitarrinha afiada aqui, um pianinho ali poderia ser tudo o que um adolescente mediano à lá Kevin Arnold poderia querer. Mas faltava algo ali que me fizesse dizer o que eu digo quando ouço coisas, ainda que tristes, de bandas como Foo Fighters, Oasis e Red Hot:
"Meu Deus do Céu"
Os anos foram passando e o Coldpay se tornando uma banda cada vez mais popular e importante para o novo milênio. Seus shows sempre lotavam. Seus CDs sempre iam para o topo das paradas. Viva La Vida sempre fazia as pessoas se sentirem importantes na entrada de alguma festa de casamento. Qualquer novo clipe daqueles queridinhos da mídia se tornava uma peça icônica à ser analisadas em escolas de arte pelo mundo.
E eu sempre naquela de pô-o-que-que-esses-caras-têm-demais?
Não era fazer questão de ser chato. Era simplesmente não conseguir gostar de verdade de nenhuma das músicas dos caras. Não querer comprar nenhum CD. Não querer nem sequer baixar nenhuma das canções. Eu seria capaz de não ir num show deles, mesmo tendo ganhado os ingressos, tamanho o desinteresse naquela banda.
Sabe quando você vê pessoas na rua lendo, todas elas, aquele mesmo livro batido e se pergunta: por quê? Pois era assim eu com o Coldplay.
Mas eis que hoje, pela manhã, indo pro trabalho com aquele meio sono que não chega nunca, ouvi na 89 FM uma canção que começava com um efeito eletrônico contagiante.
Sem perceber, me peguei movimentando a cabeça e logo aquele velho e experiente canto do meu cérebro enviou para o departamento da consciência a mensagem que apenas em ocasiões especiais ele envia. É sempre a mesma mensagem, mas causa um certo alvoroço quando chega. É tipo o dia de pagamento. Você sabe que vai vir, cedo ou tarde, mas não pode esconder a alegria de receber a "novidade". Pois bem, a mensagem do cérebro é sempre assim:
"Favor descobrir quem canta essa música"
Minha consciência então, alegre com a notificação do chefe passou a ouvir com mais atenção em busca de uma frase ou algo que pudesse tornar a canção fácil de ser conquistada. Mas aí o cara começa a cantar, o mesmo jeito empolgante que a introdução e a consciência diz, "epa, eu conheço esse daí". Querendo ou não Chris Martin tem uma voz marcante e tamanha foi minha alegria ao descobrir que o Coldplay finalmente me fazia viajar que imediatamente cacei a obra no Youtube e ouvi umas doze vezes seguidas.
Eu não gostava tanto deles, mas acho que no fundo sabia. Havia uma pequena, quase invisível, esperança de que um dia o Coldplay faria uma música sensacional. Esse dia chegou e aí está ela, a belíssima, incrível, obra de arte: Aventura de Uma Vida:
Quando ouvi falar pela primeira vez no Coldplay, logo que eles tinham lançado seu segundo álbum "A Rush of the Blood to the Head", percebi que se tratava de uma banda boa. Definitivamente boa. Mas era só.
Eu sentia que faltava algo.
Coldplay. Foto: divulgação
Curtia In My Place, Clocks, Yellow, tudo isso. Era um abanda com hits, certamente. Toda aquela melancolia bem conduzida, com uma guitarrinha afiada aqui, um pianinho ali poderia ser tudo o que um adolescente mediano à lá Kevin Arnold poderia querer. Mas faltava algo ali que me fizesse dizer o que eu digo quando ouço coisas, ainda que tristes, de bandas como Foo Fighters, Oasis e Red Hot:
"Meu Deus do Céu"
Os anos foram passando e o Coldpay se tornando uma banda cada vez mais popular e importante para o novo milênio. Seus shows sempre lotavam. Seus CDs sempre iam para o topo das paradas. Viva La Vida sempre fazia as pessoas se sentirem importantes na entrada de alguma festa de casamento. Qualquer novo clipe daqueles queridinhos da mídia se tornava uma peça icônica à ser analisadas em escolas de arte pelo mundo.
Capa do álbum Viva La Vida, a canção favorita em eventos. Foto: Divulgação.
E eu sempre naquela de pô-o-que-que-esses-caras-têm-demais?
Não era fazer questão de ser chato. Era simplesmente não conseguir gostar de verdade de nenhuma das músicas dos caras. Não querer comprar nenhum CD. Não querer nem sequer baixar nenhuma das canções. Eu seria capaz de não ir num show deles, mesmo tendo ganhado os ingressos, tamanho o desinteresse naquela banda.
Sabe quando você vê pessoas na rua lendo, todas elas, aquele mesmo livro batido e se pergunta: por quê? Pois era assim eu com o Coldplay.
Mas eis que hoje, pela manhã, indo pro trabalho com aquele meio sono que não chega nunca, ouvi na 89 FM uma canção que começava com um efeito eletrônico contagiante.
Sem perceber, me peguei movimentando a cabeça e logo aquele velho e experiente canto do meu cérebro enviou para o departamento da consciência a mensagem que apenas em ocasiões especiais ele envia. É sempre a mesma mensagem, mas causa um certo alvoroço quando chega. É tipo o dia de pagamento. Você sabe que vai vir, cedo ou tarde, mas não pode esconder a alegria de receber a "novidade". Pois bem, a mensagem do cérebro é sempre assim:
"Favor descobrir quem canta essa música"
Minha consciência então, alegre com a notificação do chefe passou a ouvir com mais atenção em busca de uma frase ou algo que pudesse tornar a canção fácil de ser conquistada. Mas aí o cara começa a cantar, o mesmo jeito empolgante que a introdução e a consciência diz, "epa, eu conheço esse daí". Querendo ou não Chris Martin tem uma voz marcante e tamanha foi minha alegria ao descobrir que o Coldplay finalmente me fazia viajar que imediatamente cacei a obra no Youtube e ouvi umas doze vezes seguidas.
Eu não gostava tanto deles, mas acho que no fundo sabia. Havia uma pequena, quase invisível, esperança de que um dia o Coldplay faria uma música sensacional. Esse dia chegou e aí está ela, a belíssima, incrível, obra de arte: Aventura de Uma Vida:
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