Ícone das Artes Marciais no cinema já lançou 11 discos
Pode falar. Por essa você não esperava.
Você com certeza conhece o Jackie Chan. O cara que protege os indefesos nos filmes. Que luta contra dezenas de capangas. Que escala paredes. Que dá saltos mortais. Que, ao contrário de outros astros da ação, também apanha e também sabe sorrir.
Jackie Chan é o cara que a maioria dos garotos gostaria de ser. Carismático, corajoso e bom de briga.
Eu pelo menos queria ser assim.
Talvez tenha sido por isso que, aos 13 anos, comecei a treinar Kung Fu.
Logo de cara descobri que o Kung Fu não ia me tornar capaz de bater em 10 caras ao mesmo tempo. Nem que ia me ajudar a sobreviver se eu caísse do alto de um prédio. Enquanto treinava, percebia que a verdadeira essência da coisa era completamente diferente. Tudo estava relacionado à entrega, ao momento. Eu não precisava chutar na altura do rosto do Yao Ming. Contando que eu chutasse na altura do Tyrion Lannister serviria, desde que eu o fizesse completamente atento, 100% concentrado.
Cada movimento, por mais simples, devia ser preciso, completo e perfeito.
Para isso eu precisava estar presente.
Essa era a maestria da arte marcial.
E a coisa ia ainda mais além. Enquanto eu amadurecia como pessoa, percebi que essa maestria não era exclusiva do Kung Fu. Era algo necessário para a vida. O que quer que eu fosse fazer - um curso, uma viagem, um jantar - deveria ser feito com a mesma entrega, com a mesma beleza.
É o que o Caminho do Guerreiro Pacífico chama de "satori". A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen chama de "algo". E o filme Herói chama de "objetivo máximo do guerreiro", que não poderia ser outro que não a paz.
Pensando nisso não é de se surpreender que Jackie Chan seja um grande cantor.
Temos uma imagem tão forte do artista marcial em seus filmes de ação que jamais imaginamos o que mais ele poderia ser.
E alguém que conhece a maestria pode ser o que quiser.
O que quer que alguém como Jackie Chan se proponha a fazer será bem feito. Se ele decidisse, por exemplo, cultivar batatas, é fácil dizer que seriam batatas, no mínimo, boas.
Pode até ser que o que ele decidisse fazer não tivesse um grande sucesso de crítica ou de público, mas seria um sucesso em seu objetivo principal: treinar sua mente.
E é assim que Chan seguiu sua carreira paralela de cantor de música popular chinesa.
Tudo começou nos anos 80, quando o ator decidiu incluir alguns números musicais cantados por ele próprio nos créditos de seus filmes. A experiência foi tão boa que Chan acabou lançando seu primeiro disco em 1984.
Desde então, Chan lançou nada menos que 11 álbuns de estúdio e mais uma porção de compilações e participações especiais, ultrapassando a centena de canções gravadas em diferentes idiomas como mandarim, cantonês, japonês e inglês.
O estilo de canção que Jackie costuma gravar são sempre temas românticos com pitadas de Rock oitentista e muito Pop meloso. É o tipo de música que classificariamos como músicas para Karaoke e que nossos hermanos colombianos chamam de "Música para passar roupa" - daquelas que todo mundo reclama quando ouve, mas sabe de cor quando toca em alguma festa de formatura.
Quem conhece um pouco da filmografia do carismático artista, sabe que o total de filmes que ele estrelou já passou de 150, o que mostra que o cara tem uma bela dedicação ao que gosta de fazer.
Quantas vezes você não deixou um projeto pessoal de lado alegando ter falta de tempo?
Acredito de coração que o fato de Jackie Chan ter conseguido ser tão bem sucedido em seus filmes e músicas é o fato de ele ter feito tudo com carinho e dedicação. Não me surpreenderia se eu descobrisse hoje que ele nunca buscou a fama que tem. Dominante pleno da maestria marcial, ele provavelmente apenas fez tudo com aquela entrega característica de quem constantemente treina sua mente e, portanto, domina a arte que se propõe a fazer.
Coisa de quem atingiu o objetivo máximo do guerreiro e agora está em paz com o mundo.
Que a carreira musical e cinematográfica de Jackie Chan nos sirva de exemplo para o que gostaríamos de fazer. Onde há dedicação e entrega de coração, há a beleza ;)
Pode falar. Por essa você não esperava.
Você com certeza conhece o Jackie Chan. O cara que protege os indefesos nos filmes. Que luta contra dezenas de capangas. Que escala paredes. Que dá saltos mortais. Que, ao contrário de outros astros da ação, também apanha e também sabe sorrir.
Jackie Chan é o cara que a maioria dos garotos gostaria de ser. Carismático, corajoso e bom de briga.
Eu pelo menos queria ser assim.
Talvez tenha sido por isso que, aos 13 anos, comecei a treinar Kung Fu.
Logo de cara descobri que o Kung Fu não ia me tornar capaz de bater em 10 caras ao mesmo tempo. Nem que ia me ajudar a sobreviver se eu caísse do alto de um prédio. Enquanto treinava, percebia que a verdadeira essência da coisa era completamente diferente. Tudo estava relacionado à entrega, ao momento. Eu não precisava chutar na altura do rosto do Yao Ming. Contando que eu chutasse na altura do Tyrion Lannister serviria, desde que eu o fizesse completamente atento, 100% concentrado.
Cada movimento, por mais simples, devia ser preciso, completo e perfeito.
Para isso eu precisava estar presente.
Essa era a maestria da arte marcial.
E a coisa ia ainda mais além. Enquanto eu amadurecia como pessoa, percebi que essa maestria não era exclusiva do Kung Fu. Era algo necessário para a vida. O que quer que eu fosse fazer - um curso, uma viagem, um jantar - deveria ser feito com a mesma entrega, com a mesma beleza.
É o que o Caminho do Guerreiro Pacífico chama de "satori". A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen chama de "algo". E o filme Herói chama de "objetivo máximo do guerreiro", que não poderia ser outro que não a paz.
Pensando nisso não é de se surpreender que Jackie Chan seja um grande cantor.
Temos uma imagem tão forte do artista marcial em seus filmes de ação que jamais imaginamos o que mais ele poderia ser.
E alguém que conhece a maestria pode ser o que quiser.
O que quer que alguém como Jackie Chan se proponha a fazer será bem feito. Se ele decidisse, por exemplo, cultivar batatas, é fácil dizer que seriam batatas, no mínimo, boas.
Pode até ser que o que ele decidisse fazer não tivesse um grande sucesso de crítica ou de público, mas seria um sucesso em seu objetivo principal: treinar sua mente.
E é assim que Chan seguiu sua carreira paralela de cantor de música popular chinesa.
Tudo começou nos anos 80, quando o ator decidiu incluir alguns números musicais cantados por ele próprio nos créditos de seus filmes. A experiência foi tão boa que Chan acabou lançando seu primeiro disco em 1984.
Desde então, Chan lançou nada menos que 11 álbuns de estúdio e mais uma porção de compilações e participações especiais, ultrapassando a centena de canções gravadas em diferentes idiomas como mandarim, cantonês, japonês e inglês.
O estilo de canção que Jackie costuma gravar são sempre temas românticos com pitadas de Rock oitentista e muito Pop meloso. É o tipo de música que classificariamos como músicas para Karaoke e que nossos hermanos colombianos chamam de "Música para passar roupa" - daquelas que todo mundo reclama quando ouve, mas sabe de cor quando toca em alguma festa de formatura.
Quem conhece um pouco da filmografia do carismático artista, sabe que o total de filmes que ele estrelou já passou de 150, o que mostra que o cara tem uma bela dedicação ao que gosta de fazer.
Quantas vezes você não deixou um projeto pessoal de lado alegando ter falta de tempo?
Acredito de coração que o fato de Jackie Chan ter conseguido ser tão bem sucedido em seus filmes e músicas é o fato de ele ter feito tudo com carinho e dedicação. Não me surpreenderia se eu descobrisse hoje que ele nunca buscou a fama que tem. Dominante pleno da maestria marcial, ele provavelmente apenas fez tudo com aquela entrega característica de quem constantemente treina sua mente e, portanto, domina a arte que se propõe a fazer.
Coisa de quem atingiu o objetivo máximo do guerreiro e agora está em paz com o mundo.
Que a carreira musical e cinematográfica de Jackie Chan nos sirva de exemplo para o que gostaríamos de fazer. Onde há dedicação e entrega de coração, há a beleza ;)
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